terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Capítulo zero – O blog

Sempre quis ter um blog. É o desejo de todo metido a escritor dos nossos tempos, com vantagens evidentes em relação aos livros: custo zero, acessibilidade cem e liberdade para falar do que quiser, quando quiser. Já havia tentado criar um blog e colocar textos meus, sem um tema fixo. É claro que não deu certo. Tudo que escrevo sobre mim, e que tenha uma pitada de ficção, acho piegas logo depois. Resolvi, então, levar a sério o conselho de que se deve escrever sobre o que se sabe. A minha vida, nos últimos dez anos mais ou menos, tem sido guiada pelo objetivo maior de me tornar uma jornalista. Nada melhor para falar do que sobre isso.

A esse desejo se somou uma necessidade. Não tenho como pagar um psicoterapeuta e repito, enfaticamente, que necessito de um. Então, nada melhor do que usar os ouvidos do mundo internauta para descarregar minhas angústias, incertezas, experiências frustradas e outras nem tanto com o jornalismo. Além disso, preciso exercitar a escrita, perder o medo do leitor e encontrar interlocutores para discutir os dilemas da profissão na qual eu ainda estou engatinhando, mas que já mostra suas garras ferozes. Gostaria muito que este blog alcançasse estudantes de jornalismo e iniciantes na profissão, para que possamos trocar experiências e idéias, abrandando nossas angústias mutuamente.

O posts que serão colocados aqui (que espero tenham a periodicidade de, no mínimo, um por semana) têm um pequeno delay. Minha vida de estagiária de jornalismo começou em 2010 e segue até hoje. Vou falar de experiências que já aconteceram e que, por isso, já estão maturadas e não têm mais aquela dose de emoção do momento. O objetivo é racionalizar as experiências para daí tirar algo de produtivo. O outro motivo é manter uma certa distância dos veículos nos quais estou agora, para não acarretar nenhum problema às minhas experiências atuais. Com esse fim, também não vou citar nomes das empresas ou veículos e nem de pessoas. Afinal, o que importa aqui é o milagre e não o nome do santo.